segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Manias

Mania de escrever
Mania de analisar
Mania de debater
Mania de seduzir
Mania de perguntar
Mania de fazer
Mania de pensar
Mania da carne
Mania da alma
Mania de loucura
Mania de racionalidade
Mania de refletir
Mania de sentir
Mania de tocar
Mania de querer
Mania de desejar
Mania de falar
Mania de atrair
Manias, manias, manias
Mania de ser eu

Sexo

O que é o sexo? Algo natural entre seres da mesma espécie ou uma mistura de tesão com atração? Talvez, envolva sentimento ou apenas seja algo que vem e não volta mais. Será a pura vontade da carne ou a própria alma tentando sair do corpo? Mas, quem somos nós para definir o sexo? Nada mais do que seres da mesma espécie!
Exageradamente humana, ao ponto de ultrapassar o limiar da sensatez dos seres racionais que nem são tão racionais assim!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Agora, não mais

Por um dado momento ela quis e almejou algo com tanta força e vontade, ao ponto de depositar a ultima energia restante dentro de seu ser. O que mais a atrapalhou foi o fato de as pessoas jogarem ao invés de viverem. Talvez, ela estivesse no tempo e no local errado, aquele exato e infeliz dia onde tudo começou. Ah, se ela pudesse voltar atrás e usar toda essa força para lutar por algo e alguém que realmente lutasse por ela. Chegou a hora de buscar novos horizontes e lutar. Sim! Nunca parar de lutar, pois existem outras possibilidades na vida e pessoas que ao invés de jogarem, vivem. E assim, a cada minuto que passa, a convicção de que não vale apena morrer por nada, invade o seu lugar mais íntimo. Tentar esquecer, eis a questão, porque hoje não mais, não por você que faz tudo evaporar tão fácil.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Ela

O seu sapato faz tec,tec, chega a tremer o chão onde passa. Todos sabem quando está chegando. Uns perguntam: quem é ela que vem vindo como um furacão? Outros, já a reconhecem só pelo jeito de andar. Anda de um jeito que chega a ser petulante e invasivo. Sim! Ela invade a sua mente com sutileza, encanta com a delicadeza e seduz com a sua inteligência. A pele branca e delicada chega a ser intocável, porém o seu passado possuí uma força inimaginável. Age como se superasse todos os erros cometidos, deixando claro que o arrependimento daquilo que ela não fez dói muito mais do que as tentativas que não chegaram ao final, ou melhor, das que nem se propôs a tentar. A sua personalidade é firme como um diamante que leva tempo para ser lapidado. A mudança faz parte da sua vida, pois evoluir é mais do que necessário, é como o ar que precisa para sobreviver. Talvez, isso se explique pelo fato de ela nunca passar duas vezes pelo mesmo rio, afinal de contas, nada é a mesma coisa agora do que foi a um minuto atrás.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Eu quero mesmo é que o amor me pegue de jeito. Quero amar ao ponto de doer, mas eu nem gosto de dor e nem de amar tanto assim, porém só o fato de pensar em um sentimento que não cabe dentro de mim, que me deixa sem ar fazendo com que minhas pernas bambeiem... nossa... Aí eu digo sim, sem nem pensar duas vezes.
Não me trate com indiferença! Eu nem te amo tanto assim.
Estou com raiva, ou melhor, puta. Sim!Puta com a minha insatisfação eterna, constante. E agora? O que fazer se a mesma que me deixa com raiva faz meu pulso pulsar?!

Você quer?

- Você quer?
- O que?
- Isso...
- Eu...quero!
- Mas, não pode ser aqui.
- Então, vamos pra detrás do prédio.
- Tudo bem, desde que você não pergunte se está bom pra mim.
- Mas, eu preciso saber como você gosta.
- Ah...não gosto de nada mole!
- Então, mole não é bom pra você?
- Já conversamos sobre isso! Bom é relativo.
- É verdade. Eu gosto da de morango, mas você pode gostar da de menta.
- Sim! Por isso peguei várias balas do saquinho de doces da minha irmã!
- Tem sete belo?
- Tem até da Turma da Mônica!
- Então vamos!!!
- Calma! Não seja ansioso.
- É. São apenas balas...aehheaheaheahe...
- kkkkkkkkkkkkk

A pedra

Encontrava-se triste e desencantado com as oportunidades que a vida não lhe oferecia mais. Só enxergava o que estava em seu foco de atenção, perdendo as demais possibilidades presentes. Queixava-se que todos haviam ganhado alguma coisa e ele, uma pedra. No entanto, a sua percepção não o deixava ver que uma pedra é alguma coisa.
Quem disse que ser normal é a melhor opção? Nunca busquei a normalidade, aliás, ela nem me interessa. Já o diferente... ah, esse sim encanta os meus olhos e a minha mente.

“A vida é mais simples do que a gente pensa...”


Ocorreu, que em uma tarde fria e chuvosa uma menina, com um casaco vermelho, estava sentada em uma escada que ligava uma rua a outra. Ao seu lado só havia uma grama verde e molhada. Na rua, à sua frente, pessoas passavam correndo o mais rápido que a chuva, como se fugissem de algo que a machucassem. O simples casaco vermelho já estava ensopado, perdendo sua função de aquecimento e isso fez com que, em um simples gesto, ela o tirasse mostrando o belo vestido branco que usava. Levantou-se da escada quando ouviu uma música que lhe chamou a atenção e em passos leves e curtos foi em direção ao som tão agradável. Ela parecia flutuar enquanto a água da chuva ensopava os seus cabelos longos. Deu-se conta que o som estava saindo de uma casa, um tanto simples, com a tinta do portão descascada. Parou em frente, procurou a campainha, porém não a encontrou. Decidiu então, jogar uma pedra na janela já que bater palmas não adiantaria devido ao barulho da chuva. No entanto, antes que alguém a atendesse percebeu que o portão estava aberto e em um ato de coragem abriu-o e entrou. Rodou a fechadura da porta da frente e quando a empurrou deparou-se com alguém ao longe tocando flauta transversal, cuja melodia que emitia era: “Eu te Devoro”, Djavan. Aproximou-se e tocou-lhe os ombros o mais suave possível. Ele virou-se e a olhou. Os seus olhos castanhos e profundos transmitiram uma energia mais forte do que ela poderia suportar, mas a sintonia que havia entre eles era inquestionável. Palavras não eram necessárias para que uma comunicação clara fosse estabelecida. O olhar dele parecia estar distante e desligado daquele mundo presente, porém ela o conseguia compreender mesmo não estando dentro da sua realidade. O seu mundo era colorido como se misturasse as sete artes. Havia quadros com pinturas abstratas para todos os lados e instrumentos dos mais variados tipos. Foi quando ela avistou um violão, pegou-o e começou dedilhar na mesma sintonia da melodia da flauta. Ali permaneceram durante, aproximadamente, uma hora até que a chuva parou. Então, ela levantou e percebeu que seu vestido branco havia molhado a cadeira. Dirigiu-se em direção à porta e em busca da sua realidade. No entanto, algo de diferente aconteceu ali. Ele tinha a plena convicção de que ela voltaria, pois o pedaço de papel que encontrou ao lado da cadeira que ela havia sentado, continha a seguinte frase: "A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida." (Vinicius de Moraes).

O som do silêncio

Estava sentada em um banco localizado no interior de um parque. Ao meu lado havia uma árvore um tanto grande e uma pista de cooper onde passavam pessoas dos mais diferentes graus de estranheza. A música que tocava em meu mp3 era “É o que me interessa”- Lenine-, quando de repente uma criatura bizarra se aproxima e diz:

- Shiiii! Você consegue ouvir?!!!
- O que?
- O som...
- Que som?!!!
- O do silêncio!
-...
-...
- Não. Não ouço nada!
- É porque o silêncio não faz barulho! – nesse momento o riso tomou conta de mim, mas por educação sorri sutilmente e disse:
- E por que será que tem que ser assim?!
- Não sei! Esquisito isso, porque o silêncio sempre tem algo a nos dizer, porém sem palavra alguma.
- Talvez seja por isso que ele incomode tanto.
- É, porque para ouvi-lo tem que pensar e...ficar em silêncio...
- E quando se pensa muitos questionamentos são levantados e nem todos eles apresentam solução.
-E já que você não está ouvindo o som do silêncio, o que ouve?
- “É o que me interessa”, Lenine.
- Bom som!
- Sim. Excelente!
- Gosta desse parque?
- Sim! Venho sempre que posso pra andar de patins ou caminhar.
- Sozinha?!!!
- É gosto de ouvir o som do silêncio ou um bom som...rsrssrs...
- Fez-me rir agora!
- Que bom! Rir faz sempre bem.
- Tenho que ir agora. Obriga pela boa conversa!
- Obrigada você!
- Satisfeita?
- “Não satisfeita nunca”
- Lenine?
- Sim! - srsrrsrss
-Até!
- Até mais.

E assim, a criatura bizarra, como havia descrito anteriormente, transformou-se de forma encantadora em um ser, do meu ponto de vista, inteligente e sedutor. Agora, pra onde esse ser foi já não sei dizer, talvez nem o veja mais...

Vontade de Você


A nítida convicção de que havia errado a consumia lentamente por dentro. Ela não sabia onde estava, só o que sentia. Talvez isso a tornasse diferente, ao menos naquele exato lugar. Seu corpo não sentia mais.
Quando olhou pra frente, percebeu que a escolha certa não seria bem aquela e que as conseqüências disso seriam dolorosas. A vontade de voltar atrás lhe deixou desesperada, pois por um momento enxergou a possível mudança que tinha feito em sua vida. O que mais a desesperava era a certeza de que o que era almejado e ainda é, talvez, nunca mais fosse seu. O tempo havia lhe traído. Esperar, o verbo que agora faz parte da sua simples vida. E com um olhar, nada mais do que isso, ela pediu desculpas, pois mais uma vez ela errou por ter criado uma barreira entre o seu desejo, a sua paixão e ela mesma. E em um leve sussurrar, ela encontrou coragem pra dizer:

- Era você que eu queria, mas até hoje eu não entendi o porque.

Escrever

O ato de escrever vai além da simples capacidade de colocar a caneta no papel, no entanto, esse seria o primeiro passo. Escrever é colocar um pouco da sua alma para fora; é expor o que se sente da maneira mais sutil possível e apesar de não conseguir me expressar tão bem quanto em uma boa conversa, continuarei a escrever e quando chegar ao auge tentarei ultrapassá-lo, pois o esse não é o limite.