quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

O que sinto

Pensei em seguir minha estrada, mudar o rumo e escolher o final da história, mas não fui, eu fiquei bem aqui onde estou. Pensei em mudar o que penso que não condiz muito com o que sinto, mas tentar ser racional em cima do que não é, necessita de treinamento. Pensei em pegar um violão, colocar debaixo do braço e só voltar quando a saudade acabar.
Pensei...
O pensar levou-me ao imaginar e assim como Dom Quixote, lutei contra dragões da minha própria imaginação. Lutei sem querer lutar e quando pensava que não havia mais forças eu continuei lutando. Pensei que não fosse agüentar! Como eu quis que aquele mês acabasse rápido. Quanta angústia, quanta perda, quanta dor, quanta sabedoria que se foi pra nunca mais voltar, quanta saudade...
Senti...
O medo me consumiu. Senti frio. A falta de entendimento deixou um leve desespero em minha alma e a saudade inacabada ainda dói. Por que levaram você? Uma pessoa tão querida.
No seu dia, naquele dia choveu onde quase não chove e uma multidão reuniu-se. Era tanta gente que não cabia,tantas lágrimas que não foram suficientes para tanta saudade infinita.
Guardei...
A sua sabedoria transmitida durante anos, de gerações a gerações, eu guardei um pouquinho dentro de mim. Vai fazer falta, porém certas coisas não convêm entender o motivo.
Tranqüilizei...
Acalmei meu coração. É inevitável sentir saudade, mas é bom lembrar-se da sua risada e de seus cantos. Obrigada por ter existido na minha vida!
Obrigada!

Escrito ao som do silêncio