quinta-feira, 13 de novembro de 2008

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Sabe quando você planeja verde e sai vermelho? Então, hoje foi assim!
Hoje o céu estava no chão e a grama, cinza como um dia chuvoso, estava no teto! Senti falta de quem nunca terei e saudade do que nunca vivi. Importei-me, novamente, com quem não se importa e vi meus órgãos pulsarem como veias avantajadas.

Hoje, vi o quanto as pessoas fazem tão menos do que poderiam fazer; como elas se doam pouco, aos outros e às causas.

Hoje, o chinelo não estava no meu pé, o chapéu não estava na minha cabeça e os óculos eu nem sei onde estavam.

Hoje, foi o dia onde a angustia de 9 meses, talvez tenha se calado, pois eu chorei como não havia feito ainda por essa causa tão minha.
Hoje, os milhos de pipoca pararam de estourar; dormi do lado contrário da cama e com a cortina aberta.

Hoje, senti orgulho por uma pessoa tão amada que quando crescer quero ter um pouco dela dentro de mim, ao menos 10% da sua coragem e garra.

Hoje percebi que, por mais que as pessoas não queiram, elas acabam magoando, mas talvez a grande culpa disso tudo esteja nas minhas próprias expectativas perante os outros.

No entanto, hoje, apesar de tudo isso eu fiz algo diferente; no momento em que meu orgulho disse pra fazer de tal forma eu fiz o oposto. Não fui indiferente com quem me magoou e nem deixei de me preocupar com quem não se preocupa.

É! Hoje foi um dia ao contrário, onde as pessoas de alma bem pequena tornaram-se grandiosas e quem se dizia ser tanto, hoje não foi nada.

Hoje foi um dia estranho! Eu planejei roupa branca, cobertor e filme, mas veio verde com bolinhas amarelas, sem cobertor e filme, apenas o som do meu pensamento.

Nossa! Que dia vermelho! Mas, amanhã será diferente. Será verde.

Escrito ao som de Amy Winehouse.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O Tempo

O tempo que não passa
Que não convém
Que é odiado
Que é amado
Que trapaceia
Que engana
Que encoraja
Que faz doer
Que faz sorrir
Que complica
Que é incontrolável
Que resolve
Ah, o tempo!
É ele quem cura algumas feridas e faz falecer o corpo. É o que mais almejamos controlar, mas ele é senhor de si mesmo. Totalmente inquestionável e sem argumentos, ele simplesmente segue a sua estrada. Dói vê-lo passar tão depressa. Dói vê-lo ir e o que deveria levar continuar aqui
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